Tânia Mouço tem um grande desafio. Ao lado de uma diretoria eficiente assumiu um compromisso: reconstruir e reaproximar do CRF-RJ com as entidades de classe, empresas que geram empregos e, principalmente, com os farmacêuticos do estado. Nesta entrevista a nova presidente destacou os projetos do novo biênio.
O CRF-RJ ganhou fama de ser um órgão que só se preocupa em multar e arrecadar. Como à senhora vai administrar essa imagem daqui em diante?
TÂNIA MOUÇO - Inicialmente, gostaria de enfatizar a necessidade de fiscalizar os estabelecimentos como garantia da assistência farmacêutica plena para toda a população usuária dos medicamentos. Pretendemos avaliar a atuação farmacêutica nos estabelecimentos e não somente a ausência do profissional. Para isso, estabeleceremos critérios e parâmetros para uma fiscalização com maior orientação técnica, tanto para os farmacêuticos como para os demais empregados, nas empresas ou estabelecimentos. Pretendemos rever o atual roteiro da fiscalização do CRF-RJ e realizar rotas mais otimizadas, para que não ocorra o excesso em determinadas áreas e a ausência de fiscalização em outras. E seguiremos a Resolução nº 648/17, do CFF, implantando os perfis de assistência farmacêutica propostos na Resolução.
Quais são as prioridades de sua gestão?
TÂNIA MOUÇO – Vamos Integrar a profissão farmacêutica com outras da área da saúde e com a sociedade, promovendo assim o reconhecimento desse profissional como agente facilitador da promoção, prevenção e recuperação da saúde da população, tanto no âmbito privado como no público. Participaremos da formação continuada desses profissionais, desenvolvendo cursos sobre gestão, formação clínica, entre outros. Faremos parceria com diversas entidades, agregando valorização técnico-científica aos nossos colegas. Zelaremos pela ética e saúde pública em harmonia com os direitos do cidadão, desenvolvendo ampla assistência farmacêutica em defesa da sociedade. A gestão será voltada para a manutenção das áreas já consolidadas como privativas dos farmacêuticos pelo Decreto nº 85.878/81 e o trabalho será no intuito de que todas as áreas que envolvam medicamentos possam estar sob a responsabilidade desse profissional. Além disso, ampliaremos o espaço da profissão em áreas não privativas, defendendo a atuação do farmacêutico.
O que os farmacêuticos podem esperar do trabalho da nova diretoria?
TÂNIA MOUÇO - Uma gestão voltada para o interesse dos farmacêuticos e daqueles que estão ligados às áreas farmacêuticas. O foco é fortalecer a participação do CRF-RJ nos fóruns de discussão em saúde junto aos Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, aproximar o CRF-RJ dos sindicatos de classe e valorizar a imagem e o papel do farmacêutico junto à sociedade.
Entrevista concedida à revista da Ascoferj