Os horários são para se cumprir. Certamente a regra não lhe é desconhecida, especialmente quando se trata da hora de se medicar. E, pela primeira vez, cientistas comprovaram que um medicamento tomado na hora errada pode reduzir significativamente todo o seu efeito, segundo o The Independent.
A prescrição médica de um medicamento tem um horário associado para a sua toma, mas nem sempre é respeitado na íntegra. Descobriu-se, agora, que um medicamento pode ser muito mais eficiente consoante à hora a que for tomado. Além disso, não convém pular o horário do mesmo, sob o risco de este perder a sua força.
O corpo possui um relógio biológico de 24 horas e cada órgão funciona de forma diferente, dependendo das horas, explica o The Independent. A conclusão é de um grupo de cientistas, que aconselha também que se tenha em atenção quanto à finalidade do medicamento antes de definir as horas a que vai tomá-lo.
Os pesquisadores realizaram um mapa da atividade dos vários órgãos do corpo humano e registaram a sua atividade diária, concluindo que há órgãos que trabalham melhor à noite, enquanto outros durante o período diurno.
O fígado, por exemplo, é aquele que está mais ativo ao longo das 24 horas, sendo, porém mais veemente no período da noite, um pouco antes da meia-noite; enquanto os genes das glândulas suprarrenais funcionam melhor pela manhã, um pouco depois da 6h.
No estudo publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas revelam, também, que depois de entrarem no organismo os medicamentos têm uma vida relativamente curta, o que significa que deve cumprir-se minuciosamente o horário em que devem ser tomados, para não se correr o risco de perderem o seu efeito.