De acordo com um relatório publicado pela The Lancet, alguns indivíduos podem ter desenvolvido imunidade ao ebola - serem expostos ao vírus mas sem sucumbir aos seus efeitos e sem mostrar sintomas da infecção. Se existem pessoas que desenvolveram imunidade ao ebola, as estratégias para frear a doença podem ser reconsideradas.
Um estudo mostra que 71% de pessoas que tiveram contato próximo com pacientes com ebola e cujos exames mostraram a presença do vírus não ficaram doentes. Outra pesquisa revela que 46% das pessoas que mantiveram contato com doentes não tinham nem sinais de infecção ou desenvolveram a doença.
"Se essas pessoas estão protegidas de infecções futuras, isso significa novas oportunidades para controlar a doença", afirmou Juliet Pulliam, professora da Universidade da Flórida. Como? Indivíduos assintomáticos poderiam impedir que a doença se espalhasse ao trabalhar em comunidades de alto risco de infecção, por exemplo. Como não pegariam a doença, eles impediriam que outros enfermeiros não imunes fossem infectados. Além disso, eles podem doar sangue.
"Se conseguirmos identificar essas pessoas, elas poderiam nos ajudar a prevenir a exposição de indivíduos que não são imunes, reduzindo o alcance da epidemia - até mesmo antes que uma vacina seja desenvolvida", afirma Pulliam.