Hepatite A entra na lista de vacinas oferecidas pelo SUS

 O ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou ontem que o SUS passará a vacinar contra a hepatite A. A primeira campanha é dirigida a três milhões de crianças de 1 a 2 anos de idade, e o objetivo é imunizar pelo menos 95% delas. De acordo com o ministério, cerca de 1,2 milhão de doses foi enviado aos estados. Os primeiros a oferecer a vacina são Distrito Federal, Goiás e Rio Grande do Sul, mas, paulatinamente, ao longo de agosto as demais unidades da federação começarão a vacinação.

A campanha faz parte do esforço do ministério em torno do Dia Mundial da Luta contra Hepatites Virais (28 de julho). Com a inclusão da vacinação contra hepatite A, o ministério passa a oferecer à população os 14 tipos de vacinas básicas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacinação de crianças de 1 a 2 anos contra hepatite A é uma forma de prevenir o desenvolvimento da doença sobretudo na fase adulta.

— Já houve uma redução significativa da circulação viral da hepatite A no país, com a melhoria das condições sanitárias. Com a vacinação das crianças, grupo mais vulnerável e exposto, podemos diminuir ainda mais essa incidência — disse Chioro.

O ministério alerta: é muito importante que os pais levem os filhos aos postos de saúde para a vacinação. A hepatite A pode ser letal, especialmente na fase adulta.

TIPO C: VÍTIMAS NÃO DIAGNOSTICADAS

Na segunda-feira, data internacional de alerta sobre a doença, especialistas alertaram para os perigos da hepatite C, que pode levar a cirrose e câncer de fígado.

O presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Edison Parise, afirmou que os casos dessas doenças estão aumentando no mundo todo.

— Isso fica ainda mais alarmante quando sabemos que 90% dos pacientes com hepatite C ainda não foram diagnosticados no país — disse.

A Sociedade Brasileira de Hepatologia, a SB Infectologia e a Associação Médica Brasileira iniciaram a campanha 45 , que procura advertir a população e os médicos sobre essa realidade.

A ideia da iniciativa é orientar os indivíduos com mais de 45 anos para que façam o teste da hepatite. Já os médicos devem solicitar o exame específico da hepatite C aos pacientes nascidos após 1945.

Fonte: O Globo

Notícia publicada no site do Conselho Federal de Farmácia em 30-07-14