Por Murilo Caldas, jornalista do CFF.
A padronização das exigências dos processos regulatórios nas farmácias comunitárias será tema de palestra da farmacêutica Cristiane Feijó, dia 10 de novembro, às 16h30, no II Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, em Foz do Iguaçu. A palestrante é especialista em Farmácia Clínica e Hospitalar pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Gestão da Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atuou na gerência do Programa Farmácia Popular do Governo do Estado do Rio de Janeiro, em hospitais públicos, unidades básicas de saúde (UBS) e no comércio varejista de produtos farmacêuticos.
A especialista chama atenção para a falta de padronização entre normas nacionais, estaduais e municipais. “Temos um grande desafio na farmácia comunitária, que é trabalhar diante de tantas exigências diferentes. Apesar de haver uma regulamentação das leis e normas nacionais, cada Estado, cada Município pode exigir de forma diferente o seu cumprimento e a fiscalização também têm suas particularidades na hora de fiscalizar o cumprimento de uma norma, uma legislação”.
De acordo com a farmacêutica, essa falta de padronização atrapalha fazer com que os farmacêuticos e a equipe das farmácias tenham mais interesse em estudar a legislação, saberem até aonde podem ir em sua atuação e, principalmente, quais são os novos caminhos para que se possa ter uma farmácia que, realmente, atenda a demanda que a comunidade exige. “Não faz sentido que nós tenhamos, ainda, que entregar mapas pessoalmente e visar receitas na Vigilância Sanitária”.
Ela assegura ser necessário que todos tenham conhecimento da legislação para que possam lutar por modernização e simplificação dessas legislações, desses entraves legais, para que a gente possa, de fato, colocar o cliente, o nosso paciente, a nossa empresa, sem riscos sanitários, em defesa da Saúde Pública. “Nós não podemos ficar cegos por que que a farmácia de amanhã já começou. Ela já é hoje. Ela é o dia-a-dia e nós temos muitas oportunidades de tecnologia, de novos serviços farmacêuticos, de nova maneira de atuar, deixando com que o farmacêutico consiga ficar mais disponível para a equipe, para a população, para o acompanhamento da saúde dos seus clientes, fazendo ações de rastreamento, ações de cuidado realmente da saúde com menos burocracia”.