Os pacientes com Esclerose Múltipla Recorrente Remitente (EMRR) têm uma nova opção de tratamento no Brasil após a aprovação do Lemtrada (alemtuzumabe), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A terapia foi desenvolvida pela Genzyme, empresa de biotecnologia pioneira em medicamentos para doenças debilitantes e raras. "Isto significa esperança renovada para os pacientes e reforça nosso compromisso com a melhoria na qualidade de vida de cada um deles", afirma a presidente da Genzyme do Brasil, Eliana Tameirão.
A terapia, que já foi aprovada em países como México, Canadá e Austrália e na União Europeia, é capaz de retardar e até mesmo reverter a incapacidade física causada pela esclerose múltipla, além de reduzir a frequência de surtos da doença. Uma das inovações do Lemtrada é sua forma de administração – diferente de tudo que existe hoje disponível para terapia da esclerose múltipla. Essa administração é feita em dois ciclos anuais de tratamento. No primeiro, o Lemtrada é administrado por via intravenosa, por cinco dias consecutivos. O segundo ciclo ocorre somente 12 meses após o primeiro, via intravenosa e por três dias consecutivos.
"Este é um tratamento inovador, com dados de testes clínicos que suportam o seu potencial para tratar de forma significativa as taxas de recaída e de incapacidade em pacientes com EM ativos", diz a chefe da Neurologia do Hospital da Restauração, em Recife, Maria Lúcia Brito Ferreira. "Lemtrada dará aos médicos uma nova opção promissora para seus pacientes e pode mudar a forma como esta doença é gerenciada.", completa.
Fonte: Guia da Farmácia