Golpistas oferecem remédio pela internet para a cura do câncer

Desenvolvida e distribuída gratuitamente pela USP de São Carlos há 10 anos, ela é a pílula da esperança. Na composição, a substância Fosfoetanolamina sintética, apresentada como a possível cura para diversos tipos de câncer.

Mas a justiça proibiu a distribuição da pílula para pacientes, já que a substância ainda não passou por todos os testes exigidos por lei. Ainda não se sabe se ela é mesmo eficaz e se possui efeitos colaterais. Por não ter registro na Anvisa, a Fosfoetanolamina não pode ser chamada de medicamento e nem ser comercializada, por enquanto.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 mil pessoas entraram com liminares, e aguardam na justiça o direito de receber a substância. Os pedidos chegam até do exterior.

Em busca de uma maneira de conseguir a pílula, muitos pacientes estão sendo enganados por golpistas. Mesmo com a venda proibida, eles oferecem a substância livremente pela internet, e se aproveitam do desespero de quem sofre da doença.

Um suposto vendedor, de nome “Doutor Ricardo” é um dos principais golpistas que anuncia o produto pela internet. Ele envolve a pessoa de forma que a mesma acredita que ele realmente tem o produto.

Primeiro, ele pergunta o estágio da doença e diz que está vendendo apenas para casos de emergência, pois o estoque está limitado. A pessoa desesperada para comprar, diz que é emergência e o mesmo vende o produto. O frasco custa em média 150 reais.

Após fechar o negócio, o vendedor informa uma conta bancária para o paciente fazer o depósito e diz que posteriormente fará o envio pelo Sedex. Tudo não passa de um golpe.

Os médicos fazem um alerta: comprar remédios pela internet sem saber a procedência é um grande risco para a saúde. O produto pode nem ser um remédio, prejudicar o tratamento e até mesmo levar a morte devido os efeitos colaterais. E ainda há riscos de atrapalhar o tratamento.

O ministério da Saúde vai começar a testar a chamada pílula do câncer em laboratórios credenciados. As análises devem se estender até julho de 2016 quando deverão ser liberados os testes em humanos. Os pacientes aguardam os resultados ansiosos e revoltados com quem tenta tirar proveito da situação.

Fonte: Blasting News