Estudos para testar fosfoetanolamina ganham reforço de ministérios

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou que vai investir nos estudos clínicos para comprovar se a substância fosfoetanolamina desenvolvida na USP de São Carlos, no interior de São Paulo, é ou não eficaz no combate ao câncer.
Só neste ano, o ministério pretende investir R$ 2 milhões nos estudos da substância. Nos próximos dois anos, serão mais R$ 8 milhões. A pesquisa deve complementar o trabalho de outro grupo que já foi criado pelo Ministério da Saúde, também para testar o produto.
“A nossa ideia é a cada trimestre publicar relatórios em um site ou portal que nós vamos criar especificamente para isso, para que a população consiga acompanhar. E nós devemos ter testes seguros, resultados seguros do 15º até o 24º mês", afirma Celso Pansera, ninistro da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Para o médico Renato Meneguelo, que participou das pesquisas desenvolvidas na USP, o interesse de dois ministérios em testar a eficácia do produto é um grande avanço: "Já é uma esperança, um caminho que a gente vai conseguir trilhar. É luz no fim do túnel".
A fosfoetanolamina sintética começou a ser estudada no Instituto de Química da USP pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje aposentado. A substância é um marcador que ajuda a deixar a célula cancerosa mais visível para o sistema imunológico combate-la. Só que o produto não foi testado cientificamente em seres humanos.

O Tribunal de Justiça de São Paulo já determinou a suspensão da distribuição da pílula, porque não foram feitos os testes clínicos, mas por enquanto a USP continua entregando para quem conseguiu liminar na Justiça, pois ainda não foi notificada oficialmente.

Fonte: Jornal Hoje