Jovem cria startup na área farmacêutica

Já imaginou fazer ideias virarem grandes negócios, como o Easy Taxi, Buscapé ou Peixe Urbano? Esse é o sonho de muitos. Mas não só programadores e web designers lidam com isso: farmacêuticos também podem fazer parte de um projeto assim. A expressão "startup" vem do idioma inglês e significa "começar algo". Trata-se de uma forma de negócio relativamente recente e que, de forma geral, lida com tecnologias e tem chances de crescimento rápido a baixo custo.

O exemplo de Mateus Reis é uma prova de que profissionais da área de saúde também podem crescer neste setor. Aos 24 anos, ele poderia se limitar a ser o farmacêutico responsável técnico e uma farmácia de manipulação. Mas, fora da botica, também é um dos fundadores da promissora plataforma digital "Cadê Doutor", que ele e sua equipe desenvolveram para celulares e para a web, e que visa estimular a relação entre pacientes, profissionais e empresas de saúde, além de facilitar o trabalho e a busca entre esses personagens.

"Todos saem ganhando com o nosso aplicativo: o paciente tem acesso aos melhores profissionais e ao seu histórico clínico para o resto de sua vida. Os profissionais poderão divulgar suas carreiras através de estratégias de marketing específicas para eles. As empresas de saúde, como farmácias e laboratórios, serão aproximadas dos pacientes, com estratégias de pós-venda", explica Mateus, que vai participar do 8º Congresso RIOPHARMA, em outubro, numa mesa-redonda sobre Empreendedorismo.

"Além disso, podemos gerar estatísticas de indicadores de saúde extremamente precisos e relevantes para a saúde pública", completa.

Para começar, bastou uma ideia que surgiu em uma aula, ainda nos tempos de faculdade.

"A professora Priscilla Santana apresentou uma estatística do Sinitox(2012) que responsabilizava os medicamentos por 25% das intoxicações no país. Logo depois, conheci o relatório da OMS que lista que até 86% das mortes seriam causadas por doenças crônicas não transmissíveis, ou seja, mortes evitáveis", conta o farmacêutico, que ficou inconformado com os dados.

"Passei meses procurando uma solução. Partindo do princípio que adesão correta ao tratamento e interações farmacológicas são de responsabilidade do farmacêutico, busquei ferramentas que pudessem nos dar a possibilidade de conhecer melhor o paciente e incentivar o autocuidado", diz Mateus.

A reportagem completa está na edição 119 da Revista RIOPHARMA