Monitor Digital: Farmacêuticos criticam MP da flexibilização

 

A votação da MP 653, que flexibiliza a presença de farmacêuticos em pequenas farmácias e drogarias, foi adiada para a próxima semana depois de manifestações realizadas pela categoria em diversas capitais do país. No Rio, a manifestação organizada pelo CRF-RJ, foi realizada nesta quarta-feira, nas escadarias da Câmara de Vereadores do Rio, na Cinelândia.

A manifestação que ocorreu de forma pacífica no Centro do Rio e contou com a participação não só de profissionais experientes, como de vários estudantes de farmácia.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-RJ), Marcus Athila, que está em Brasília participando da luta contra a medida provisória, "a 653 é um grande golpe para a profissão farmacêutica e deixa a população, já tão abandonada pelo poder público, sem o direito de ter o farmacêutico para lhe prestar seus serviços."

Athila acrescentou ainda que "após a vitória da publicação da 13.021/2014, que reconhece a farmácia como estabelecimento de saúde, a MP 653 descaracteriza toda a assistência ao paciente, que só o farmacêutico é capaz de dar. A MP não corrobora com o cuidado à saúde que só o farmacêutico é capaz de proporcionar para a população nas farmácias e drogarias."

O relator da comissão mista, deputado federal Manoel Junior (PMDB/PB), reconhece que a presença obrigatória de farmacêutico, conforme determina a Lei 13.021/2014, torna a dispensação dos medicamentos mais segura e de melhor qualidade. No entanto, sob a alegação, não comprovada, de que há déficit de profissionais para atender a demanda e dificuldades de cumprimento da norma por pequenas farmácias.

Publicado em 21-11-2014 no Monitor Digital