União profissional marca mobilização contra Projeto de Lei que prevê farmacêutico remoto


Em mobilização organizada pelo Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF/RJ) em parceria com o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro (SINFAERJ), um grupo de profissionais farmacêuticos ocupou ontem, 11.02, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) em ação de repúdio ao Projeto de Lei 1481/2019, que prevê o estabelecimento do atendimento farmacêutico remoto nas farmácias e drogarias do estado do Rio de Janeiro enquanto alternativa de atendimento ao público.

Representando um risco latente à profissão farmacêutica e, sobretudo, à sociedade, o Projeto foi votado ontem em 1ª Discussão e enviado para 2ª Discussão com três emendas - resultado da notória união da categoria na Assembleia, bem como o trabalho de conscientização desenvolvido junto aos parlamentares pelos representantes das entidades farmacêuticas fluminenses em articulações nos momentos que antecederam a votação.


A exemplo da reunião realizada ontem com a Presidente do CRF/RJ, Dra. Tania Mouço; o Diretor Secretário Geral, Dr. Ricardo Lahora; e os Deputados Monica Francisco, Carlos Minc, Enfermeira Rejane, Marta Rocha, Luiz Paulo e André Carneiro. No encontro, os Diretores puderam argumentar e reiterar a importância da categoria farmacêutica para a saúde pública em nível regional e nacional, bem como estimar os riscos em potencial em caso de aprovação.

Tal exposição culminou com o entendimento por parte dos parlamentares da importância do profissional farmacêutico nos mais diversos segmentos e frentes de trabalho como elo fundamental em favor da saúde da sociedade.

Para o Diretor Secretário Geral, Dr. Ricardo Lahora, farmacêutico empreendedor, é imprescindível entender a importância do farmacêutico enquanto aliado da saúde pública. “O farmacêutico é fundamental em inúmeros aspectos e é importante entender o nosso papel dentro das drogarias e farmácias. Desde que lembremos sempre que a parte comercial nunca pode ser mais importante do que a saúde da população”, ratifica Dr. Ricardo Lahora.

Após o término da sessão, a Presidente do CRF/RJ, Dra. Tania Mouço; os representantes do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro (SINFAERJ), Dr. Cristiano Lins e Valéria Villas-Boas; e diversos profissionais ainda presentes na ALERJ, fizeram contato com um dos relatores do processo: o Deputado Anderson Moraes, que ouviu algumas das demandas da categoria farmacêutica em busca de melhor entendimento do impacto do projeto.

Além de dirimir dúvidas e corrigir informações errôneas veiculadas pelo parlamentar em redes sociais a respeito de remunerações e estrutura das entidades farmacêuticas, a Diretoria do CRF/RJ e do SINFAERJ se propuseram a orientar o Deputado para que o diálogo seja feito de forma dialética - ou seja, considerando as necessidades e peculiaridades da categoria farmacêutica.

Segundo a Presidente do CRF/RJ, Dra. Tania Mouço, o saldo da mobilização foi extremamente positivo. “Conseguimos articulações políticas positivas, a atenção de parlamentares que não conheciam a realidade da profissão e, sobretudo, pudemos mostrar que somos uma classe que, quando unida, é ainda mais imbatível. A união faz e fez a diferença - e estaremos ainda mais diligentes para qualquer desdobramento que queira acabar ou precarizar nossa profissão, afirma a presidente do CRF/RJ.

O Projeto de Lei 1481/2019, de autoria dos Deputados Alexandre Freitas (NOVO/RJ) , Anderson Moraes (PSL/RJ), Chicão Bulhões (NOVO/RJ) e Filipe Soares (DEM/RJ), aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça; de Saúde; de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social; e de Defesa do Consumidor.

Para assinar abaixo assinado contrário ao PL1481/2019, clique no link a seguir: https://bit.ly/38inqbQ.