Vacinação contra H1N1 começa nesta segunda- 25, no Rio, para grupos prioritários

Foi antecipado para esta segunda-feira, 25 de abril, o início da campanha de vacinação contra a gripe — incluindo a H1N1 — em mais de 200 clínicas da família, centros de saúde e policlínicas do Rio. Por enquanto, serão atendidas apenas crianças de seis meses a 5 anos incompletos, gestantes e doentes renais crônicos. Mas, a partir do dia 30, a vacina estará disponível também para idosos com mais de 60 anos, mulheres até 45 dias após o parto, pacientes portadores de outras doenças crônicas e profissionais de saúde.

As unidades oferecerão a vacina até o dia 20 de maio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O próximo sábado, dia 30, será o dia D da mobilização contra a gripe, quando cerca de 450 postos volantes serão montados em igrejas, escolas e associações de moradores da cidade.

Neste ano, 14 pessoas morreram vítimas da gripe H1N1 no estado. Três dos casos ocorreram na capital. No total, 45 pessoas foram infectadas pelo vírus. Resende é a cidade com o maior número de mortos: quatro. Ocorreram mortes também em Caxias, Belford Roxo, Araruama, Barra Mansa, Volta Redonda, Porto Real e Valença. Cidades do Sul Fluminense já começaram a campanha na semana passada.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, a campanha foi antecipada nessas cidades por causa do aumento atípico no número de casos de doenças relacionadas à gripe, incluindo H1N1, nesta época do ano.

— Geralmente, essas doenças começam a aparecer mais tarde, quando a temperatura está mais fria. Mas nós vimos o que está acontecendo em São Paulo e o aumento da incidência em municípios fluminenses da região do Médio Paraíba. Assim, resolvemos antecipar a campanha — explica o secretário.

MORTES NO PAÍS
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, publicado no dia 19, São Paulo registrou 715 casos e 91 mortes por H1N1, enquanto no país 153 pessoas morreram.

A secretaria de Saúde espera vacinar até quatro milhões de pessoas. Teixeira afirma que, para alcançar esta meta, a população precisa estar atenta à campanha e procurar os postos de vacinação.

O coordenador de obstetrícia do Grupo Perinatal, Renato Sá, destaca outras formas de prevenção, além da vacina.

— Lavar as mãos diversas vezes ao dia, evitar tocar a boca e o nariz com as mãos sujas. Além disso, quando a pessoa já está resfriada, é importante afastar-se de aglomerações e sempre usar um lenço, não as mãos, quando for espirrar.

Sá, que trabalha diretamente com grávidas, frisa que é importante que elas procurem os postos de vacinação.

— O H1N1 pode levar a uma insuficiência respiratória aguda, o que em gestantes é extremamente grave, pois pode levar à morte. É importante ressaltar também que a vacina é segura: não causa dano ao feto, nem aumenta o risco de se ter mais gripes. Existem falsas informações de que a vacinação poderia causar nos bebês a síndrome de Guillain-Barré, mas não há associação alguma entre a vacina e a doença — garante.

Fonte: Jornal Extra