Um em cada quatro adultos pode ser diagnosticado com transtornos mentais

Um em cada quatro adultos já foi diagnosticado com algum tipo de transtorno psicológico, mas, mesmo assim, um quinto das pessoas ainda pensa que algumas das principais causas de distúrbios mentais são falta de autodisciplina e força de vontade.

Uma pesquisa conduzida pelo Centro Nacional de Pesquisa Social, da Inglaterra, entrevistou 5 mil adultos sobre suas experiências e sobre sua saúde mental e descobriu que 26% deles já haviam sido diagnosticados com transtornos psicológicos. Outros 18% disseram já ter enfrentado um distúrbio, mas não foram diagnosticados.

A condição mais comum foi a depressão; 19% dos entrevistados afirmaram já terem sido diagnosticados com o transtorno. Outros distúrbios comuns foram ansiedade, diversos tipos de fobias e transtorno obsessivo-compulsivo.

Cerca de 3% dos entrevistados disseram ter sido diagnosticados com algum distúrbio considerado grave pela pesquisa: transtorno bipolar, esquizofrenia e transtornos alimentares.

Outra descoberta importante apontada pelos pesquisadores diz respeito ao ambiente em que os entrevistados que foram diagnosticados com algum transtorno psicológico cresceram. Os dados apontaram que 27% dos homens e 42% das mulheres diagnosticadas crescerem em famílias das classes econômicas mais baixas. Por outro lado, apenas 15% dos homens e 25% das mulheres diagnosticadas cresceram em famílias de alto poder aquisitivo. Este padrão foi encontrado nas três categorias pesquisadas (distúrbio mental, transtornos psicológicos graves e dependência de droga ou álcool.

Preconceito

Apesar de tantas pessoas já terem enfrentado algum transtorno psicológico, diagnosticado ou não, um em cada cinco entrevistados na pesquisa responderam “eu não sei” quando perguntados se concordavam com a afirmação “A maior parte das mulheres que foram pacientes em hospitais psiquiátricos pode ser boas babás”. Outros 19% concordaram que “uma das maiores causas de transtornos mentais é falta de autodisciplina e força de vontade”.

"Apesar de que isso afete assim muitos de nós, o preconceito contra as pessoas com uma doença mental ainda existe, e há alguma resistência para a prestação de cuidados na comunidade para pessoas que sofrem com a doença mental", comenta Rachel Craig, que chefiou a pesquisa.

 

Fonte: Galileu