A humanidade usa espelhos há aproximadamente cinco mil anos. No princípio eles não passavam de placas de bronze polidas e a imagem refletida não era exatamente em alta definição. Com o passar dos anos o reflexo foi ficando mais nítido, mas o bom e velho espelho permaneceu do mesmo jeito por séculos e séculos. Isso até a invenção do Wize Mirror.
Criado por um consórcio de institutos de pesquisa da Europa, a ideia do espelho-doutor é dar autonomia para que o cidadão comum possa monitorar sua saúde e prevenir o surgimento de doenças sem a necessidade de enfrentar filas e os preços costumeiramente altos das consultas médicas. Segundo os pesquisadores, o rosto humano diz muito sobre nosso bem-estar e é através dele que o Wize Mirror realiza o diagnóstico, focando principalmente em eventuais problemas cardíacos e metabólicos.
Com uma série de câmeras, sensores e scanners 3D posicionados atrás do vidro, o espelho pode, por exemplo, calcular o fluxo sanguíneo e a oxigenação do rosto com base na quantidade de luz verde que a pele do rosto absorve ou reflete. O dispositivo também detecta produtos de glicação avançada – processo associado à diabetes e cataratas – através da emissão de raios ultravioleta. Um sensor que funciona como uma espécie de bafômetro te informa se você está exagerando no cigarro ou no álcool. O diagnóstico não leva mais que um minuto.
A iniciativa, batizada de SEMEOTICONS, é formada por instituições da França, Grécia, Itália, Noruega, Espanha, Suécia e Reino Unido. De acordo com o site do projeto, as pesquisas começaram em novembro de 2013 e o custo total foi de cerca de 5,3 milhões de euros. Ainda não há previsão para a comercialização do produto.
Fonte: Galileu