Poluição do ar mata muito mais que Aids e malária

A poluição do ar é uma praga subestimada, que mata muito mais pessoas que Aids e malária. A adoção de energia mais limpa diminuiria estas fatalidades pela metade até 2030, afirmou ontem a ONU.

Investimentos em energia solar, eólica e hídrica beneficiariam tanto a saúde humana quanto a tentativa de mais de 200 nações de desacelerar a mudança do clima, induzida principalmente pelo acúmulo de gases estufa emitidos por combustíveis fósseis, diz a organização.

“A poluição do ar está causando mais mortes que HIV e malária combinados,” afirmou Kandeh Yumkella, diretor geral da Organização de Desenvolvimento Industrial da ONU em uma conferência em Oslo destinada a traçar novas metas de desenvolvimento até 2030.

A maioria dos mortos por poluição dentro de lares, causadas por fogões primitivos em nações em desenvolvimento, são mulheres e crianças. Yumkella sugeriu que as metas de energia da ONU para 2030 devem incluir o corte pela metade das mortes prematuras por poluição tanto interna quanto externa.

Em outro forum, que acontece no momento em Paris, reunindo representantes de governos, de ONGs e do setor privado afirmaram que o crescimento verde é o caminho a seguir para se conseguir uma transição a uma economia verde e a um modelo de desenvolvimento sustentável para todos.

Os palestrantes no Paris Forum 2013 enfatizaram que o modelo de desenvolvimento ecônomico vigente encontra-se sob tensão sem precedentes e que é necessária uma redução no uso de recursos, com menos impactos ambientais.

O evento foi organizado pela Agência Francesa de Desenvolvimento e o Programa de Desenvolvimento Industrial da ONU, com o apoio do Programa Ambiental da ONU.

No centro deste novo modelo de desenvolvimento está o descasamento do crescimento econômico do aumento do uso de matérias-primas, ou “fazer mais com menos.” A economia verde resulta na melhora do bem-estar social e na igualdade, ao mesmo tempo reduzindo significativamente os riscos ambientais e a escassez, comenta o All Africa.

Fonte: Planeta Sustentável